Assim, apenas olhando nos olhos, sabemos quem é quem. |
Trabalho com educação infantil há algum tempo e, mesmo antes de ter a experiência formal, tinha toda uma teoria adquirida por conta própria (sim, sou autodidata - toda mãe deve ser)oficializada pela graduação e uma pós.
E algo que por vezes me incomoda é o uso do uniforme.
Como mãe, é uma "benção" não "gastar" as roupas do filho no chão da escola, mas como educadora considero um equívoco.
Meu objetivo agora, não é discutir a cultura escolar de uniformização que nos vendem como sendo uma "arma" de proteção às vidas que se escondem dentro de um uniforme, a menos que alguém deseja fazê-lo. Se for o caso, respondo, com prazer.
Quero apenas deixar a impressão que tive (ou pelo menos tentar)quando recebi meus alunos uniformizados. Foi um choque. Como se tivessem retirado minha memória fotográfica.
Em um dia reconhecia cada criança pelo gesto, sorriso, olhar, andar e derrepente chega um "exército" na sala, um "bloco" azul de iguais.
Nos 2 primeiros dias precisava olhá-las no rosto para saber quem eram, lembrar seus nomes.
Estranho. Até os gestos se confundiam.
Olhando de cima, enxergava azul...tudo azul!
Interessante que até mesmo as crianças se confundiam. Chamavam o amigo "azul" errado para brincar... Zangavam-se com o amiguinho "azul" errado.
Acredito que o uso do uniforme merece uma reflexão crítica.
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