Igor Silva (@IgorSilv) - www.intrinseca.com.br |
Antes de assistir a estreia do filme "A culpa é das estrelas" com minha filha adolescente, imaginava encontrar uma plateia animada e apaixonada, mas com certo grau de maturidade intelectual que lhe permitisse separar ficção de realidade. Mas...
Talvez eu precise encontrar palavras que caibam melhor nesta situação: pode ser (e quero mesmo acreditar nisto)que a plateia apaixonada daquele cinema entenda que aquilo tudo é ficção e ponto. Os choros, soluços, colapsos em geral ainda assim seriam aceitáveis, frente a paixão adolescente vivida intensamente na tela, encarada pela senhora "morte".
Mas o que vi na saída do cinema e depois, foram adolescentes discutindo ações e reações dos personagens como se falassem do amor sacrificial vivido por suas best friends e sonhado por elas próprias...
Aquela história (do livro e das telas) é muito parecida com a nossa... poderia mesmo ser a sua ou a minha, cheia de momentos lindos e outros dolorosos, com detalhes ricos e por vezes mórbidos (afinal há vários tipos de morte, certo? E quem pode afirmar qual a pior delas? O assassinato do seu sentimento? A morte da amizade? A anulação de um sonho? O fim da história antes mesmo do seu início?)e reais...REAIS!
Por fim, eu choro agora, o choro sem lágrimas; chorei no filme pois fui tocada pela dor do personagem, mas, agora, choro pelas lindas garotas que deixam de viver suas histórias reais...deixam de disponibilizar-se para viver sua própria linda e única história na esperança de que, um dia, sua vida vire um livro, o príncipe apareça, a fada madrinha resolva os problemas...
Acordem! Não sejam as madrastas más de suas próprias histórias...